Descobertas preliminares não sinalizaram problemas de segurança da vacina de mRNA contra a Covid-19 em grávidas

Muitas grávidas nos Estados Unidos estão recebendo vacinas de RNA mensageiro (mRNA) contra a Covid-19, mas os dados são limitados sobre sua segurança na gravidez.

Neste estudo, publicado pelo The New England Journal of Medicine, de 14 de dezembro de 2020 a 28 de fevereiro de 2021, pesquisadores usaram os dados do sistema de vigilância “v-safe after vacination health checker”, o registro de gravidez v-safe e o Vaccine Adverse Event Reporting System (VAERS) para caracterizar a segurança inicial de vacinas de mRNA contra a Covid-19 em grávidas.

Um total de 35.691 participantes do v-safe de 16 a 54 anos de idade se identificaram como grávidas. Dor no local da injeção foi relatada com mais frequência em mulheres grávidas do que em mulheres não grávidas, enquanto cefaleia, mialgia, calafrios e febre foram relatados com menos frequência.

Entre 3.958 participantes inscritas no registro de gravidez v-safe, 827 tiveram uma gravidez completa, das quais 115 (13,9%) resultaram em uma perda de gravidez e 712 (86,1%) resultaram em um nascimento (principalmente entre as participantes com vacinação no terceiro trimestre).

Os desfechos neonatais adversos incluíram nascimento prematuro (em 9,4%) e tamanho pequeno para a idade gestacional (em 3,2%); nenhuma morte neonatal foi relatada.

Embora não sejam diretamente comparáveis, as proporções calculadas de resultados adversos da gravidez e neonatais em pessoas vacinadas contra Covid-19 que tiveram uma gravidez completa foram semelhantes às incidências relatadas em estudos envolvendo grávidas que foram conduzidos antes da pandemia de Covid-19.

Entre 221 eventos adversos relacionados à gravidez relatados ao VAERS, o evento mais frequentemente relatado foi o aborto espontâneo (46 casos).

Os achados preliminares não sinalizaram problemas de segurança óbvios entre as gestantes que receberam vacinas de mRNA contra a Covid-19. No entanto, um acompanhamento mais longitudinal, incluindo o acompanhamento de um grande número de mulheres vacinadas no início da gravidez, é necessário para informar os resultados maternos, da gravidez e do bebê.

Fonte: The New England Journal of Medicine, publicação em 17 de junho de 2021.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×

Olá!

Clique em nosso representante abaixo para bater um papo no WhatsApp ou envie-nos um e-mail para atendimento@laboratoriodore.com.br

× Como posso te ajudar?