Estudo publicado na revista Diabetes Care teve como objetivo determinar se a interrupção do tempo sentado com breves sessões de atividades de resistência simples (ARSs) em diferentes frequências melhora a glicose pós-prandial, a insulina e os triglicerídeos em adultos com diabetes tipo 2 (DM2) controlado por medicação.
Os participantes (n = 23, 10 dos quais eram mulheres, com média ± DP de idade 62 ± 8 anos e IMC 32,7 ± 3,5 kg/m²) completaram um ensaio cruzado randomizado de três braços (washout [período de pausa na intervenção] de 6 a 14 dias): sentar-se ininterruptamente por 7h (SIT), sentar-se com ARSs de 3 min (meio agachamentos, levantamentos da panturrilha, contrações glúteas e levantamentos de joelho) a cada 30 min (ARS3) e sentar-se com ARSs de 6 min a cada 60 min (ARS6).
As áreas incrementais sob a curva líquidas (iAUCnet) para glicose, insulina e triglicerídeos foram comparadas entre as condições.
As iAUCnet para glicose e insulina de 7h foram atenuadas significativamente durante o ARS6 (glicose 17,0 mmol/h/L-1, IC 95% 12,5, 21,4; insulina 1.229 pmol/h/L-1, IC 95% 982, 1.538) em comparação com SIT (glicose 21,4 mmol/h/L-1, IC 95% 16,9, 25,8; insulina 1.411 pmol/h/L-1, IC 95% 1.128, 1.767; P <0,05) e em comparação com ARS3 (apenas para glicose) (22,1 mmol/h/L-1, IC 95% 17,7, 26,6; P = 0,01).
Nenhuma diferença significativa nas iAUCnet para glicose ou insulina foi observada na comparação de ARS3 e SIT. Não houve efeito estatisticamente significativo da condição nas iAUCnet para triglicerídeo.
Em adultos com diabetes tipo 2 controlada por medicação, a interrupção do tempo sentado prolongado com atividades de resistência simples de 6 minutos a cada 60 minutos reduziu as respostas da glicose pós-prandial e da insulina.
Outras frequências de interrupções e benefícios potenciais de longo prazo requerem avaliação para esclarecer a relevância clínica.
Fonte: Diabetes Care, publicação em 18 de junho de 2021.