Estudo relata eficácia das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca contra a variante Delta do coronavírus

A variante B.1.617.2 (delta) do SARS-CoV-2, o vírus que causa a Covid-19, contribuiu para um aumento de casos na Índia e já foi agora detectado em todo o mundo, sendo inclusive responsável por um aumento notável de casos no Reino Unido.

A eficácia das vacinas BNT162b2 (Pfizer) e ChAdOx1 nCoV-19 (AstraZeneca) contra esta variante ainda não está clara.

Neste estudo, publicado pelo The New England Journal of Medicine, pesquisadores usaram um desenho de caso-controle com teste negativo para estimar a eficácia da vacinação contra a doença sintomática causada pela variante delta ou pela cepa predominante (B.1.1.7, ou variante alfa) durante o período em que a variante delta começou a circular.

As variantes foram identificadas com o uso de sequenciamento e com base no status do gene spike (S). Os dados de todos os casos sequenciados sintomáticos de Covid-19 na Inglaterra foram usados ​​para estimar a proporção de casos com qualquer uma das variantes de acordo com o estado de vacinação dos pacientes.

A eficácia após uma dose da vacina (BNT162b2 ou ChAdOx1 nCoV-19) foi notavelmente menor entre as pessoas com a variante delta (30,7%; intervalo de confiança [IC] de 95%, 25,2 a 35,7) do que entre aqueles com a variante alfa (48,7%; IC 95%, 45,5 a 51,7); os resultados foram semelhantes para ambas as vacinas.

Com a vacina BNT162b2, a eficácia de duas doses foi de 93,7% (IC 95%, 91,6 a 95,3) entre as pessoas com a variante alfa e 88,0% (IC 95%, 85,3 a 90,1) entre aquelas com a variante delta.

Com a vacina ChAdOx1 nCoV-19, a eficácia de duas doses foi de 74,5% (IC 95%, 68,4 a 79,4) entre as pessoas com a variante alfa e 67,0% (IC 95%, 61,3 a 71,8) entre aquelas com a variante delta.

Apenas diferenças modestas na eficácia das vacinas foram observadas com a variante delta em comparação com a variante alfa após o recebimento de duas doses das vacinas. As diferenças absolutas na eficácia das vacinas foram mais marcadas após o recebimento da primeira dose.

Essa descoberta apoiaria os esforços para maximizar a adesão às duas doses das vacinas entre as populações vulneráveis.

Fonte: The New England Journal of Medicine, publicação em 21 de julho de 2021.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

×

Olá!

Clique em nosso representante abaixo para bater um papo no WhatsApp ou envie-nos um e-mail para atendimento@laboratoriodore.com.br

× Como posso te ajudar?